Ficar rico para gozar a vida?
Quase sempre nos perguntamos o quanto seria necessário ganharmos para termos uma vida financeiramente tranqüila e bem sucedida. Os padrões podem variar bastante porque as opções de preço de produtos e serviços que necessitamos e desejamos também variam em grande proporção. Isto me faz lembrar de uma história muito interessante que costumo contar em minhas palestras.
Um rico empresário foi passar suas férias numa praia da Bahia. Chegando lá, encontrou-se com um homem simples da localidade que, deitado em sua rede, tranqüilamente fritava um saboroso peixe próximo à beira da praia. O empresário, muito empreendedor logo começou a travar uma conversa amistosa com aquele morador da localidade, mais ou menos nos seguintes termos:
– Bom dia amigo
– Bom dia
– O que você está fazendo?
– Bem, como você mesmo pode ver, estou assando este saboroso peixe.
– Como você o conseguiu?
– Gosto de pescar
– E você pesca bastante?
– O suficiente para mim e minha família
– Mas, porque você não pesca mais?
– Pra que?
– Bem, se você pescar mais, poderia vender o peixe para outras pessoas e ganhar dinheiro.
– Pra que?
– Se você ganhar mais dinheiro, poderia adquirir um barco e pescar em águas mais profundas.
– Pra que?
– Você aumentaria sua produção e venderia ainda mais, ganhando mais dinheiro.
– Pra que?
– Você poderia então comprar um outro barco, contratar um empregado e colocá-lo para pescar junto com você.
– Pra que?
– Com dois barcos sua produção poderia aumentar ainda mais. Você venderia mais peixe e compraria um terceiro barco.
– Pra que?
– Logo você teria uma frota de barcos e uma grande produção de peixes.
– Pra que?
– Ora pra que? Pra você ficar rico!
– Pra que?
– Pra você gozar a vida!
Neste momento, o homem simples olhou para o rico empresário e disse:
– Meu amigo. E o que você acha que estou fazendo aqui?
O fato é que aquele homem simples já estava gozando a vida mesmo sem ser rico.
O cantor Louis Armstrong, em sua linda canção “What a wonderful world” (Que mundo maravilhoso) nos fala de muitas coisas que tornam o mundo maravilhoso, entre as quais ele cita: árvores verdes e rosas vermelhas; o céu azul e as nuvens brancas; o dia brilhante e abençoado e a sagrada noite escura; as cores do arco-íris; as faces das pessoas que caminham ao meu lado; amigos dando as mãos, dizendo, “como vai você?”; crianças crescendo e aprendendo.
E eu pergunto: Quanto essas coisas nos custam? Nada!
Bom, então, quanto de dinheiro você necessita para gozar a vida, como fazia aquele homem simples da Bahia ou para ter o mundo maravilhoso cantado por Armstrong? Eu creio que tudo isso está muito próximo de você, mas talvez você esteja perdendo muito ou quase tudo em sua ânsia de ganhar mais e mais.
Sucesso!
FONTE: Paulo de Tarso