A Beleza do Dízimo
A generosidade é uma marca registrada em toda a Escritura, seja no Velho ou no Novo Testamento.
Mas será que você pode enxergar o dízimo como uma das maiores características de generosidade de uma pessoa para com o Reino de Deus?
Particularmente eu fico muito triste quando vejo cristãos “brigando” pela validade atual dos dízimos. Sinceramente não consigo compreender porque nos devoramos sobre tal assunto.
Convido você a trilhar comigo essa história inédita do dízimo ao longo das Escrituras e ver como ela é bela.
Antes da Lei – O exemplo de Abrão
Abrão havia lutado numa batalha para recuperar seus bens e também trouxe seu sobrinho Ló de volta.
“Então Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, trouxe pão e vinho e abençoou Abrão, dizendo: “Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, Criador dos céus e da terra. E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou seus inimigos em suas mãos”. E Abrão lhe deu o dízimo de tudo. (Gênesis 14:18-20)
Abraão deu o dízimo de tudo o que conseguiu em batalha. Ele era um homem caracterizado pela fé em Deus.
Veja como o dízimo aqui expressa adequadamente a beleza do relacionamento entre Abrão e Deus. Não havia lei escrita. Não havia mandamento. Mas Abrão, que posteriormente foi considerado o pai da fé, enxergou claramente a importância de honrar a Deus, não apenas como expressão de gratidão, mas também como um apoio material para Melquisedeque. Generosidade pura de um filho de Deus.
Ainda antes da lei – Jacó indo para a casa de seu tio Labão
Num momento muito difícil de sua vida, Jacó foi enviado para a casa de seu tio Labão. Durante sua viagem, Jacó teve um sonho na presença de Deus, que lhe fez promessas.
“Então Jacó fez um voto, dizendo: “Se Deus estiver comigo, cuidar de mim nesta viagem que estou fazendo, prover-me de comida e roupa, e levar-me de volta em segurança à casa de meu pai, então o Senhor será o meu Deus. E esta pedra que hoje coloquei como coluna servirá de santuário de Deus; e de tudo o que me deres certamente te darei o dízimo” Gênesis 28:20-22
Havia incertezas na vida de Jacó, e ele certamente teria que confiar no Deus que acabava de encontrar. Claro que ele desejava o seu bem estar como fruto desse relacionamento com Deus. E colocou claramente sua intenção de honrar a Deus com os dízimo de tudo o que conseguisse durante sua jornada.
Na lei os dízimos foram dados aos levitas e sacerdotes
“Dou aos levitas todos os dízimos em Israel como retribuição pelo trabalho que fazem ao servirem na Tenda do Encontro. (Números 18.21)
Deus sempre teve um cuidado especial para com o seu povo. Aqui Ele está designando os levitas e os sacerdotes para dar todo o apoio espiritual que os israelitas necessitavam. Os levitas não tiveram uma herança material como todas as outras tribos tiveram. Por essa razão eles deveriam receber o dízimo recolhido das outras tribos para suprir suas necessidades materiais. Mas até mesmo os próprios levitas também deveriam dar o dízimo do que recebiam para os sacerdotes.
O Senhor disse depois a Moisés:”Diga o seguinte aos levitas: Quando receberem dos israelitas o dízimo que lhes dou como herança, vocês deverão apresentar um décimo daquele dízimo como contribuição pertencente ao Senhor. (Números 18:25,26)
Vejam a beleza dessa contribuição, fácil de calcular e que cumpria uma função estratégica de suprir as necessidades materiais daqueles que cuidavam das necessidades espirituais do povo de Israel.
Recomeçando certo
Quando nação retornou do exílio para recomeçar uma nova fase na história do povo de Israel, muitas eram as tentações para o uso do dinheiro. E apesar de terem sofrido tanto durante o período em que ficaram longe, escravos em uma nação estrangeira, o povo teve que ser reconduzido para o entendimento correto de como usar o dinheiro. Deus usou o profeta Malaquias para provar que é possível sim roubar a Ele, o próprio Deus. E isso aconteceu quando o povo deixou de trazer ao templo os dízimos e as ofertas. Então o povo ficou debaixo de grande maldição. Mas Deus em sua bondade enviou o profeta para lembrar o quanto Ele deseja a fidelidade de seu povo. Assim Malaquias deixou sua declaração categórica: “Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento em minha casa. Ponham-me à prova”, diz o Senhor dos Exércitos, “e vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão onde guardá-las.” Impedirei que pragas devorem suas colheitas, e as videiras nos campos não perderão o seu fruto”, diz o Senhor dos Exércitos.”Então todas as nações os chamarão felizes, porque a terra de vocês será maravilhosa”, diz o Senhor dos Exércitos.(Malaquias 3:11,12) O Senhor sempre está desejoso de abençoar seu povo. Aí esta mais uma vez a beleza do dízimo.
Jesus falou sobre o dízimo
“Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês dão o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas têm negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vocês devem praticar estas coisas, sem omitir aquelas. (Mateus 23.23)
Jesus condenou os fariseus e os mestres da lei por sua hipocrisia. Mas mesmo nesse contexto, Ele não condenou a prática do dízimo. Na verdade Ele disse que eles deveriam dizimar, sem esquecer os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade.
Conclusão
O dízimo é uma das mais claras expressões de generosidade. Quando você dizima, além de honrar a Deus, supre objetivamente a necessidade material de pastores e de outras pessoas que se interessam genuinamente pelo amadurecimento de sua espiritualidade. Como disse o apóstolo Paulo: O que está sendo instruído na palavra partilhe todas as coisas boas com quem o instrui.
(Gálatas 6.6) Que tal experimentar essa generosidade em sua vida de forma permanente?
FONTE: PAULO DE TARSO