Finanças Pessoais

Doações a pessoas – Como fazê-las bem

Mário aproximou-se de seu amigo Carlos. Tinha um pedido a fazer. Precisava de uma quantia razoável em dinheiro para atender uma “necessidade” urgente.

– Na próxima semana devolvo o dinheiro, declarou Mário sem pestanejar.

Carlos respirou profundamente e, por um momento permaneceu silencioso e pensativo. Era a terceira vez nos últimos três meses que seu amigo Mário pedia-lhe dinheiro emprestado. Não havia quitado os débitos anteriores e, ao que tudo indicava, este seria mais um sem o cumprimento da promessa.

Mário tinha dificuldades para lidar com o dinheiro. Quase sempre gastava mais do que ganhava; não tinha qualquer tipo de controle e corriqueiramente confundia necessidades com desejos.

Talvez você, assim como Carlos, já tenha passado por momentos como este. Experiências frustrantes na área das doações que eventualmente levam você a pensar: “Será que vale a pena fazer doações?”

O que é uma doação?

Essencialmente, a doação é uma parte da quantia dos seus ganhos que você livremente decide compartilhar com outras pessoas e organizações.

Tanto do Antigo como do Novo Testamento são comuns as orientações em relação a doações a pessoas. O rei Salomão declarou: “Há quem dê generosamente, e vê aumentar suas riquezas; outros retêm o que deveriam dar, e caem na pobreza. O generoso prosperará; quem dá alívio aos outros, alívio receberá.(Provérbios 11.24-25)

Por último, o apóstolo Paulo nos lembra do alvo altruísta de Jesus de lembrar-se dos menos favorecidos, quando disse: “Em tudo o que fiz, mostrei-lhes que mediante trabalho árduo devemos ajudar os fracos, lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: ‘Há maior felicidade em dar do que em receber’ ” (Atos 20.35)

Por que as frustrações acontecem?

Em minha opinião, as frustrações na área de doações a pessoas acontecem por não termos uma compreensão correta de como devemos doar. A concepção clássica de doações a pessoas é aquela em que tiramos o dinheiro do bolso e simplesmente o damos a uma pessoa “necessitada”. Mas a nossa responsabilidade como doadores é muito maior do que simplesmente dar. É necessária uma compreensão mais ampla do que está acontecendo com a pessoa que potencialmente receberá nossa doação porque não é incomum vermos exemplos de pessoas que, assim como Mário, necessitam talvez muito mais de conselho e orientação do que do dinheiro propriamente dito. Infelizmente é comum não querermos investir tempo para aprofundar a questão e direcionar a solução mais correta para o caso. Assim eu diria que, neste caso, o mais fácil para o doador potencial é simplesmente dar. Todavia este tipo de postura fomenta dificuldades futuras nos relacionamentos pessoais e aumenta a nossa frustração quando o assunto é doar dinheiro a alguém.

Um processo rumo à independência

Quando falamos de doações a pessoas é importante lembrar que o processo ideal é levar uma pessoa necessitada no presente momento a um patamar futuro de independência financeira. Por exemplo, se uma pessoa está momentaneamente sem emprego, ela pode receber uma ajuda, seja da família, do governo ou de sua igreja. No entanto, é desejável que este estado de coisas dure o menor tempo possível. Quanto menos durar melhor, porque, idealmente, esta pessoa deve voltar a ser produtiva, ganhar o seu próprio sustento, podendo assim ajudar outras pessoas que estiverem em situação de necessidade. Não foi por outra razão que apóstolo Paulo declarou: “Quem não trabalha, também não coma. É claro que ele não se referia a pessoas que, por alguma razão estavam impossibilitadas de trabalhar, mas sim àquelas que, podendo fazê-lo, se recusavam a sair da ociosidade.

Sucesso!

 

FONTE: Paulo de Tarso

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