Pastor e família são espancados por muçulmanos e expulsos de sua própria casa, no Paquistão
Michael Robert estava em casa com sua família, quando um grupo de muçulmanos invadiu sua casa e os atacou. Agora, a polícia proibiu o pastor de voltar para sua própria casa, dizendo que a propriedade foi “confiscada”.
FONTE: IBBNEWS, COM INFORMAÇÕES DA MORNING STAR NEWS
Desafiando uma ordem judicial, a polícia da Província de Punjab (Paquistão) expulsou um pastor e sua família de sua própria casa esta semana, depois que muçulmanos o atacaram em uma tentativa de ‘confiscar’ seus bens, segundo informaram fontes locais.
O pastor Michael Robert, da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em Farooqabad, no distrito de Sheikhupura, a cerca de 55 quilômetros de Lahore, estava em casa com sua família, na área de Mohalla Sadiqabad, na última quarta-feira (19 de outubro), quando mais de 50 homens armados e liderados por um muçulmano local, chamado Hameed Gaadi invadiram sua casa e o atacaram, segundo informou uma advogada do grupo de defesa ‘The Voice Society’ à agência de vigilância sobre perseguição religiosa, ‘Morning Star News’.
“O ataque deixou o Pastor Michael, seu pai Robert Masih e sua esposa gravemente feridos”, disse Aneeqa Maria. “Os assaltantes chegou na calada da noite e começaram a atiar para cima com as suas armas, para aterrorizar os moradores. Eles, então, forçaram o pastor a abrir o portão e atacaram sua família, espancando-os”.
Maria disse que os atacantes tentaram roubar itens da casa, que já é alvo de uma disputa legal.
O Paquistão tem 96% e são comumente privados de seus direitos por parte de muçulmanos que acreditam que podem agir contra a comunidade minoritária com impunidade.
“Gaadi e seus homens poderia ter matado alguém naquela noite, mas, felizmente, um vizinho fez uma denúncia à polícia sobre o que estava acontecendo e um contingente policial chegou ao local”, disse Maria. “Todos os feridos foram levados para o hospital sob escolta policial para o tratamento e médico e para fazer uma denúncia formal na delegacia. Porém a família descobriu mais tarde que a polícia tinha manipulado os relatórios médicos por subestimar a gravidade dos ferimentos”.
Maria disse o pai do Pastor Michael tinha comprado a casa de uma muçulmana local há alguns anos, mas que, dois anos atrás, a família soube que o proprietário anterior tinha fraudulentamente transferido a mesma propriedade para o nome de Gaadi [o muçulmano que liderou o ataque à casa], disse Maria.
A família entrou com uma ação em judicial por fraude e um juiz emitiu uma ordem de restrição, impedindo que qualquer pessoa de expulsasse a família da casa, até que a questão fosse resolvida.
Desconsiderando a ordem do tribunal, a polícia local, liderada pelo inspetor Syed Wajihul Hassan, começou a assediar o pastor e sua família a mando de um grupo islâmico, disse Maria.
“Hassan ameaçou os cristãos, dizendo que eles iriam sofrer ‘graves consequências “se não desocupassem o imóvel”, disse ela. “Nós alertamos o tribunal contra o assédio policial e, mesmo com o juiz emitindo ordens severas para que a polícia deixasse de abusar seu poder, os agentes da lei continuaram a ameaçar e perseguir o pastor e sua família”.
A advogada disse que há 10 dias, o inspector Hassan novamente foi à casa do Pastor Michal Robert e exigiu que a família entregasse a propriedade para Gaadi.
“Quando o pastor Robert se recusou, Hassan o amaldiçoou, abusou dele e avisou que ele e sua família sofreriam por não ceder às suas exigências”, disse ela. “O oficial da polícia, em seguida, partiu, prometendo ensinar uma lição à família”.
Quando Gaadi e seus homens chegaram na última quarta-feira (19 de outubro) em vários veículos e começaram a atacar a família, a polícia foi logo informada, mas demorou tempo suficiente para que os atacantes ‘confissacassem’ alguns pertences da família e destruíssem outros, disse Maria.
“Ao invés de se esforçar para prender os acusados, a polícia colocou um cadeado na porta da casa do pastor Michael e anunciou que a propriedade estava confiscanda, porque foi contestada”, disse ela. “Esta é uma clara violação da ordem de restrição do tribunal e uma grave injustiça contra o pastor e sua família, que foram forçados a sair da sua própria casa pela polícia a mando de gangsters”.