Cientista mostra que Deus é um ‘designer inteligente’: “Ele projetou tudo, desde o início”
Para palestrar sobre ciência e fé, foram convidados os professores Marcos Eberlin (Unicamp) e Glauco Magalhães (UFC). O evento foi realizado pelo Movimento Estudantil Hora Extra, Escola das Nações e a Juventude CN.
No último sábado (25) aconteceu em Fortaleza o primeiro Seminário Ciência e Fé, realizado pelo Movimento Estudantil Hora Extra, Escola das Nações e a Juventude CN. O objetivo do evento é de equilibrar o assédio ideológico praticado nas escolas e universidades, com palestras sobre ciência, fé e cristianismo, “proporcionando entendimento e conciliação das duas linhas de pensamento”.
Para a explanação dos assuntos, foram convidados os professores Marcos Eberlin (Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas) e Glauco Magalhães (Universidade Federal de Fortaleza).
Em entrevista exclusiva para o Portal Guiame, Marcos afirma que a verdadeira ciência sempre foi amiga e esteve ao lado dos relatos bíblicos. “O fundamento primeiro, o grande alicerce da ciência é exatamente o tema central da bíblia: Deus. Foi o pressuposto de que há um Deus, um único Deus, que governava seu Universo com leis imutáveis, e coerentes e consistentes, mais ainda, que havíamos sido feitos a sua imagem e semelhança e assim teríamos uma mente confiável para entender o como Ele fez e mantinha em pleno funcionamento sua criação, que impeliu os homens a fazerem a ciência que praticamos hoje”, disse.
Para o professor, os pais da ciência enxergavam a clara evidência de um criador. “Os grandes pais da ciência como Boyle, Pascal, e Newton, eram em sua imensa maioria homens que ao observarem o universo e a vida, à luz da ciência, enxergavam em seu dados evidencias claras de um criador. Mas o iluminismo, e mais Darwin, Freud, Max, Sagan, e seus discípulos, desviaram a ciência de seu bom caminho, e levaram muitos cientistas a falsa crença – uma fé naturalista- de que só havia matéria energia e espaço nesse universo”, conta.
Abordando o mesmo assunto, para o professor Glauco Magalhães, é possível provar a veracidade das escrituras para um não crente, “fazendo evidente que a compreensão da natureza, do homem e da história contida nas Escrituras condiz com a realidade, bem como fazendo evidente a excelência de Jesus Cristo, que não pode resultar de mera habilidade literária”.
Para o professor Glauco, é possível provar a veracidade das escrituras para um não crente. (Foto: Assessoria).
Química e Bioquímica refletem o criador
De acordo com o professor Marcos, a química e a bioquímica chegaram e recolocaram a ciência no bom caminho. “Ao examinarem o universo e a vida ao nível atômico e molecular, tem nos revelado assinaturas indesculpáveis de uma ação inteligentíssima na construção, através de átomos e moléculas, de tudo que vemos ao nosso redor. Desde o núcleo dos átomos, passando pelas estrelas, galáxias e cometas, até o planeta terra, a água, as moléculas da Vida, e suas máquinas nano moleculares, e ao software de extrema sofisticação e eficiência que tudo governa, o DNA, vemos evidencias científicas que não deixam duvidas de que há um Deus, um único, e que este Deus é do jeitinho que a Bíblia o descreve: eterno, imaterial, detentor de toda a informação, todo-poderoso e incrivelmente sábio e inteligente”, afirma.
Criacionismo e Fé
Um outro tema abordado no seminário foi a questão do criacionismo como linha de pensamento científico. Marcos declara que o grande desafio é “mostrar primeiro que a ciência nos é amiga, um casamento perfeito, e que os dados científicos, contrários ao boatos, são de fato de longe favoráveis aos pressupostos de nossa fé, e a descrição literal desse universo como o faz a Palavra”, disse. Para ele, existe ainda um outro grande desafio, o de não sucumbir as falsas teorias naturalistas “que os homens criaram na esperança de explicar tudo só com matéria, energia e espaço”.
“Não sucumbir à tentação do Big Bang e da evolução química e bioquímica, para assim ‘ficar de boa’ com a ciência naturalista, forçando o nosso Deus a ‘colaborar’ com elas fazendo obrigatoriamente os seus milagres, como o fazem hoje os evolucionistas teístas ou os que defendem um criacionismo progressivo”, ressaltou.
Para o professor Glauco, a Bíblia apresenta fatos sobre a natureza que refletem a Deus. “A Bíblia mostra fatos sobre a natureza e o homem que revelam um criador inteligente. Os saltos da matéria inorgânica para a matéria orgânica, da inconsciência para a consciência não poderiam acontecer sem um Criador. A ressurreição de Jesus pode, a partir das testemunhas e dos indícios, ser submetida ao modelo de comprovação que existe nos meios jurídicos”, pontuou.
O professor da UFC ainda afirma que é possível usar a cosmovisão cristã para discutir assuntos políticos e científicos. “Fazendo evidente que a sua pressuposição potencializa o nosso poder de explicar a realidade e oferece resultados mais desejáveis à condição humana”, disse.
Teoria do Design Inteligente
Por fim, um outro assunto abordado no seminário foi a Teoria do Design Inteligente que de acordo com Marcos, trabalha no estabelecimento de “critérios científicos para este escolha”. “Um Designer inteligente projetou tudo, desde o inicio, e deu a partida”, afirma o professor da Unicamp.
“Temos então a complexidade irredutível, a informação abstrata e a antevidência como parâmetros de decisão entre forcas naturais ou ação inteligente como causas dos efeitos vida e universo. E quando avaliamos o nível de complexidade irredutível das maquinarias que operam na vida, sincronizadamente, e quando vemos tantas soluções de problemas mortais à vida que foram resolvidos de antemão para que a vida pudesse dar a partida e funcionar, e quando além de tudo isso vemos o exagero de arte e beleza, como o sorriso humano – pura decoração – não nos resta saída senão concluirmos que o coeficiente de inteligência (QI) do Universo e da Vida são altíssimos, quase infinitos. E esse QI atesta a ação inteligente como de longe a melhor opção da causa primeira de estarmos aqui”, finalizou.
FONTE: IBBNews, KARLOS AIRES E JOÃO NETO